domingo, 7 de agosto de 2011

Coordenadores Pedagógicos orientarão uso de Laboratórios de Informática nas escolas


Para isso, esses profissionais vão ser capacitados em cursos nos NTEs
Os coordenadores pedagógicos das escolas estaduais que, nesta nova gestão, são os responsáveis por formar, orientar e apoiar os professores no seu planejamento pedagógico, entre outras atribuições, deverá estimular o uso das novas tecnologias da informação e comunicação (TICs) na escola, como suporte ao ensino e aprendizagem. A Secretaria Estadual da Educação inicia este mês os primeiros cursos de qualificação dos coordenadores pedagógicos para essa finalidade. Com isso, os professores terão o apoio que precisam para planejar suas aulas com o uso, também, dos laboratórios de informática.

Bem diferente da função do antigo dinamizador de laboratório, o papel do coordenador pedagógico no uso dos laboratórios será o de oferecer alternativas e sugerir caminhos aos professores para que utilizem os recursos das TICs no seu planejamento pedagógico. Na abertura dos primeiros laboratórios de informática nas escolas, a figura do dinamizador fazia-se necessária porque professores e alunos ainda não conheciam a nova tecnologia e suas possibilidades. Hoje, tanto os estudantes quanto os professores têm, na sua maioria, pleno domínio da ferramenta. Para tarefas simples, como abrir e fechar os laboratórios e acender e apagar as luzes, a direção deverá designar um servidor da escola.

Para o secretário da Educação, Thiago Peixoto, o laboratório de informática é mais um importante recurso para auxiliar no processo de ensino e aprendizagem. “Portanto, o coordenador pedagógico é o profissional que terá as condições e deverá, na sua função, orientar a utilização adequada deste espaço, associada ao conteúdo das disciplinas do currículo regular”, esclarece.

Ao capacitar os coordenadores pedagógicos, a Secretaria da Educação demonstra, mais uma vez, o respeito para com os profissionais da educação. “Não significa apenas designar uma atribuição, mas, oferecer meios para que os coordenadores tenham condições de contribuir para o aprimoramento da prática pedagógica nas nossas escolas públicas”, diz o secretário.

Serão qualificados até o próximo dia 19 os coordenadores pedagógicos de escolas de Goiânia e Aparecida de Goiânia. Na primeira aula presencial da qualificação, os profissionais serão convidados a se matricularem no curso seqüencial de 80 horas, com foco na utilização pedagógica das TICs. Até o final deste mês, todos os coordenadores da rede estarão qualificados pelas equipes pedagógicas de 21 Núcleos de Tecnologia Educacional (NTEs) que irão até as escolas polos para realizar as atividades de formação.

Mudanças – A Seduc redefiniu a função de coordenador pedagógico nas escolas estaduais que, antes, era o próprio vice-diretor - também encarregado de atividades burocráticas e administrativas, além de cuidar de questões de indisciplina. No novo contexto, o coordenador pedagógico teve fortalecido e bem definido o seu papel. Além de coordenar o planejamento pedagógico da escola, esse profissional agora é também o responsável pela formação dos professores estimulando-os ao aprimoramento profissional e ao uso de metodologias diferenciais e pelo acompanhamento do aprendizado dos alunos. Tudo isso visando a melhoria da qualidade de ensino.

Para desenvolver esse trabalho, o profissional teve sua carga horária ampliada de 30 horas para 40 horas semanais, o que atende a uma antiga reivindicação dos coordenadores e que representa um aporte de cerca de R$ 800 em seus salários.

Outro aspecto importante desse esforço da Secretaria da Educação para valorizar a função do coordenador pedagógico na rede estadual foi a atenção ao volume de trabalho desse profissional. Em Goiás, o coordenador pedagógico será responsável por uma média de 11 turmas, enquanto a média nacional é de um coordenador para 18 turmas.

A Secretaria fará, ainda, uma capacitação para todos os 3.300 coordenadores pedagógicos da rede estadual a partir da próxima semana com o objetivo de reforçar as atribuições desses profissionais. “Queremos recuperar a identidade do coordenador pedagógico que foi praticamente esquecida ao longo dos últimos anos”, afirma Thiago Peixoto. 

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